
Maratona de uma pessoa com Parkinson.
É complicado o dia-a-dia de um parkinsoniano. A partir do veredicto, você corre
para a internet e vai se informar sobre a doença, para saber das próximas etapas.
Engraçado!? Você começa a dar risada, se parar para digerir todas as novas
prioridades. "Rio, rio, rio. Rio pra não chorar, pra quem não sabe sou rio,
a cantar".
A doença, constatada, consome tempo. Desta data em diante não sobrará hora, nem
para "dar uma namoradinha".
Como um maratonista, inicia-se uma longa prova de resistência, sob o impacto
deste diagnóstico.
Ao final do terceiro ano, as repetições de procedimentos vão
ficando chatas e você passa a pensar em relaxar com algumas atividades. Mas,
logo o Dr. James se instala, com um lembrete nada agradável: dificuldades de
movimento; uma travadinha aqui, outra alí; voz baixa; a expressão facial
começa a assumir um ar parado, sem comentários...
A rotina estabelece obrigações. Eu disse: OBRIGAÇÕES!
A primeira coisa, ao acordar: tomar aquelas droguinhas, que vocês conhecem.
Sifrol, Prolopa , Mantidam ih!
Ah! A Prolopa é tão boa que tem, que eu saiba, 3 tipos - Prolopa, Prolopa HBS e
a Prolopa Dispersível. Nem vale à pena denominar todas as drogas.
Brincadeiras a parte, a Prolopa e todos os remédios são o que nos mantêm vivos. Precisamos deles.
Depois: Caminhar. A caminhada é boa para ajudar na coordenação - marcha. Alongar
antes e após qualquer atividade física.
Aí vem a maratona:
Fisioterapia;
Psicológa;
Fonoaudióloga;
Hidroginástica;
Pilates;
Outras atividades motoras para trabalhar os "movimentos finos"
(catar feijão, arroz, alguma atividade manual, etc);
Ginástica facial - fazer caretas defronte o espelho;
Exercitar frases “Trava Língua”;
Haja disposição...
Bem colega, diante do diagnóstico de hoje, procure não desanimar. Esta não
é minha intenção!
Isto é, sim, um mini diário das suas obrigações doravante. Ou faz, ou piora.
Assim sendo, procure ter uma vida saudável.