Células de defesa ajudam a piorar o quadro em doenças como Alzheimer e Parkinson
Estudo brasileiro mostra que o sistema
imunológico provoca a quebra de fibras amiloides em pedaços menores e mais
prejudiciais para o organismo
16/10/2012 - Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descreveu pela primeira vez o processo que transforma fibras amiloides, presentes em doenças como Parkinson e Alzheimer, em pedaços menores e mais tóxicos. A pesquisa está disponível no portal do periódico Journal of Biological Chemistry, e será publicado na edição impressa de novembro.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Amyloid fibrils trigger the release of neutrophil extracellular traps (NETs), causing fibril fragmentation by NET-associated elastase
Onde foi divulgada: revista Journal of Biological Chemistry
Quem fez: Estefania P. C. Azevedo, Anderson B. Guimarães-Costa, Guilherme S. Torezani, Carolina A. Braga, Fernando L. Palhano,Jeffery W. Kelly, Elvira M. Saraiva e Debora Foguel
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Resultado: A pesquisa mostrou que a presença de amiloides no organismo ativa uma resposta do sistema imunológico, que envia neutrófilos ao local. A partie da NETose, o neutrófilo libera a enzima elastase, que fragmenta as fibras amiloides em partes menores e mais tóxicas.
Amiloidose é o termo que designa todas as doenças caracterizadas pelo acúmulo de amiloides, que são aglomerados de proteínas que seguem uma ordenação específica, formando uma fibra. O que muda em cada doença é o tipo de proteína que se acumula e o local do organismo em que isso ocorre. “No Parkinson, os amiloides se depositam em uma região específica, que controla o movimento, por isso o paciente apresenta tremores. No caso do Alzheimer, esses agregados se encontram no hipocampo, em uma região que controla a memória, então o sintoma da doença depende de onde está aquela estrutura amiloide”, disse ao site de VEJA Debora Foguel, professora do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ e integrante do grupo de pesquisadores. (segue...) Fonte: Boainformacao.
Editado com LibreOffice
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