15/06/2012 | As
pesquisas desenvolvidas pelo neurocirurgião de São Roque, Fábio Godinho, sobre
os mecanismos da dor em pacientes com a Doença de Parkinson deve refinar a técnica
cirúrgica e ajudar a compreender as diversas condições de dor, de forma a
aperfeiçoar seu tratamento no futuro. O projeto envolve a criação de um centro
de neurocirurgia e pesquisa em região carente de São Paulo, sendo eleito um dos
melhores pela International Association for the Study of Pain (IASP), que
congrega os maiores pesquisadores de dor do mundo. "Os sintomas dolorosos
afligem cerca de 70% dos pacientes parkinsonianos, sendo de difícil
controle e representam causa importante de sofrimento destes doentes", destaca o
médico. (...)
Pesquisas e tratamento
A dor crônica acomete cerca de 60% a 70% dos pacientes com Doença de Parkinson. É (dor) difusa, de forte intensidade, e responde mal aos analgésicos comuns, sendo uma das causas mais frequentes de sofrimento. "Tratá-la é um grande desafio para os médicos pois pouco se sabe a respeito dos mecanismos cerebrais responsáveis por este tipo de dor." Um dos objetivos do projeto é entender a participação de algumas estruturas cerebrais na gênese desta dor, ressalta ele. "Isto trará um conhecimento mais preciso sobre os circuitos envolvidos no aparecimento destes sintomas e facilitará a adoção de medidas futuras de tratamento."
Outro benefício do projeto será o refinamento da técnica cirúrgica. Ele explica que no tipo de cirurgia feito em pacientes com Doença de Parkinson é introduzido um estimulador ou feita uma lesão numa estrutura muito pequena e profunda do cérebro, chamada de Núcleo Subtalâmico. A partir da nova metodologia a ser empregada, denominada Microregistro unitário, será possível registrar a resposta típica das células (neurônios) deste núcleo durante a cirurgia. Desta forma é possível ter noção precisa da posição espacial do Núcleo Subtalâmico, aumentando significativamente a precisão do ato cirúrgico, adianta.
Medidas clínicas
O tratamento da dor crônica ligada à Doença de Parkinson, segundo o neurocirurgião, é feito de modo multidisciplinar, a partir do uso de medicações antidepressivas com efeito específico sobre a dor. A Fisioterapia e a Psicoterapia constituem as medidas clínicas disponíveis. Em casos selecionados, a Neurocirurgia é indicada, podendo trazer alívio dos sintomas, comenta o especialista. De acordo com o especialista Fábio Godinho, muitos pacientes continuam sofrendo, apesar de todos os recursos existentes na atualidade. Ele atribui tal situação à compreensão insuficiente dos mecanismos cerebrais que servem de base para esta dor.
IASP e projetos
Pesquisas e tratamento
A dor crônica acomete cerca de 60% a 70% dos pacientes com Doença de Parkinson. É (dor) difusa, de forte intensidade, e responde mal aos analgésicos comuns, sendo uma das causas mais frequentes de sofrimento. "Tratá-la é um grande desafio para os médicos pois pouco se sabe a respeito dos mecanismos cerebrais responsáveis por este tipo de dor." Um dos objetivos do projeto é entender a participação de algumas estruturas cerebrais na gênese desta dor, ressalta ele. "Isto trará um conhecimento mais preciso sobre os circuitos envolvidos no aparecimento destes sintomas e facilitará a adoção de medidas futuras de tratamento."
Outro benefício do projeto será o refinamento da técnica cirúrgica. Ele explica que no tipo de cirurgia feito em pacientes com Doença de Parkinson é introduzido um estimulador ou feita uma lesão numa estrutura muito pequena e profunda do cérebro, chamada de Núcleo Subtalâmico. A partir da nova metodologia a ser empregada, denominada Microregistro unitário, será possível registrar a resposta típica das células (neurônios) deste núcleo durante a cirurgia. Desta forma é possível ter noção precisa da posição espacial do Núcleo Subtalâmico, aumentando significativamente a precisão do ato cirúrgico, adianta.
Medidas clínicas
O tratamento da dor crônica ligada à Doença de Parkinson, segundo o neurocirurgião, é feito de modo multidisciplinar, a partir do uso de medicações antidepressivas com efeito específico sobre a dor. A Fisioterapia e a Psicoterapia constituem as medidas clínicas disponíveis. Em casos selecionados, a Neurocirurgia é indicada, podendo trazer alívio dos sintomas, comenta o especialista. De acordo com o especialista Fábio Godinho, muitos pacientes continuam sofrendo, apesar de todos os recursos existentes na atualidade. Ele atribui tal situação à compreensão insuficiente dos mecanismos cerebrais que servem de base para esta dor.
IASP e projetos
Especialista em Neurocirurgia, pelo Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP, o são-roquense Fábio Godinho trabalhou cinco anos em Lyon (França), com a equipe dos professores Marc Sindou e Luis Garcia-Larrea. Atuou nas áreas de Neurocirurgia e pesquisas voltadas ao conhecimento dos mecanismos da Doença de Parkinson e da Dor Crônica. Ambos foram temas de seu mestrado e doutorado pela universidade de Lyon. Sua pesquisa está entre as sete melhores do mundo, pela International Association for the Study of Pain (IASP).
As demais pesquisas em destaque são de autoria dos pesquisadores Alexandre Charlet (Suiça), Michael Jankowski (Estados-Unidos), Anna Andreou (Inglaterra), Alessandro Capuano,(Italia), Kevin Woo (Canada), Martin Diers (Alemanha) e Andreas Leffler (França).Fonte: Jornal Cruzeiro do
Sul / Sorocaba.
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