Na última segunda-feira, Michael J. Fox estava no maior bom humor durante a conversa com a imprensa internacional – e, na noite anterior, ele havia perdido o Globo de Ouro de melhor ator de seriado cômico para Andy Samberg, de Brooklyn Nine-Nine.
Divulgação
Michael J. Fox em sua nova
série
Pouca coisa parece abalar o ator de 52 anos, conhecido pela série Caras e Caretas, na televisão, e pela trilogia De Volta para o Futuro no cinema e que está no ar com O Show de Michael J. Fox (exibida no Brasil às segundas, às 20h, no canal Comedy Central).
A série é baseada nas próprias experiências do ator com o Mal de Parkinson. Michael J. Fox foi diagnosticado em 1991 e ficou afastado de projetos maiores por mais de dez anos, quando os sintomas pioraram. Criou uma fundação que já ajudou em diversas pesquisas e disse que adoraria conhecer o ator e diretor brasileiro Paulo José, que também luta contra o Parkinson. Como no seriado, ele encara a doença de frente e com leveza.
Sobre a gênese do show, ele conta que não teve dificuldades para convencer os estúdios. “Foi ridiculamente fácil de vender. Muitos canais queriam fazer. Acho que existem dois tipos de pessoas: aquelas que veem a graça numa determinada situação e aquelas que veem a tragédia numa determinada situação. Meu cérebro, com todas as suas falhas e deficiências, me direciona para o positivo. Eu tendo a enxergar a graça mesmo nas ocasiões mais desesperadoras. Meus produtores e roteiristas leram meus livros, captaram minha maneira de pensar e, juntos, colocamos isso na série.”
Michael J. Fox ainda se surpreende com o sucesso dos filmes De Volta para o Futuro. Mas o ator, que sofre do Mal de Parkinson e atualmente está em cartaz com série em que interpreta um âncora de televisão, rechaça qualquer possibilidade de voltar a viver Marty McFly. “Eu cairia do skate e acabaria quebrando a bacia”, brinca ele na entrevista concedida ao Estado.
Fazer um seriado que gira em torno da doença é uma forma de catarse?
Sim. Não sabia se conseguiria fazer. Muitas vezes ouvi: “Por que você faria algo assim?”. E é porque quero fazer, simplesmente. O seriado podia me destruir, podia ser algo realmente ruim para mim pessoalmente, se não funcionasse. Conseguir fazer e querer mais é fantástico, sinal de que sou mais forte do que imaginava.Continua no link acima.
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