quarta-feira, 9 de abril de 2014
PACIENTES COM PARKINSON PRECISAM SE EXERCITAR
Apesar de passados quase duzentos anos da descoberta da doença de Parkinson, em 1817, a sociedade ainda sabe pouco sobre a enfermidade. Por isso, alertar sobre os sintomas é importante para promover melhor qualidade de vida dos portadores do Mal de Parkinson.
Conforme o médico neurologista Rodrigo Pizzatto, o paciente com Parkinson tem diminuição da produção de um neurotransmissor cerebral, a dopamina, que é responsável, entre outras funções, pela coordenação motora fina. “A dopamina também é relacionada com o bem-estar humano, o que faz com que grande parte dos pacientes inicie o quadro da doença com depressão e, por isso, não responda bem ao tratamento”, explica.
De acordo com Rodrigo, o tremor é o sintoma mais evidente do Mal de Parkinson, que também provoca rigidez muscular, lentidão de movimentos, desequilíbrio, além de dificultar as funções de mastigação, deglutição, fala e escrita. O médico salienta que o Mal de Parkinson, normalmente, ocorre entre pessoas acima de 65 anos, iniciando com tremor apenas de um lado. Segundo ele, quanto mais tarde iniciarem os sintomas, menos agressiva é a doença.
Rodrigo ressalta que se trata de uma doença incurável, mas o tratamento medicamentoso reduz os sintomas, retarda a evolução da doença e é iniciado assim que diagnosticada a doença ou quando o paciente apresenta diminuição na qualidade de vida. “O paciente apresenta dificuldade em realizar tarefas básicas e alimentar-se sozinho. O tratamento é feito com medicamentos que visam restabelecer o nível de dopamina no cérebro para amenizar os sintomas. Fisioterapia e prática de exercícios também auxiliam a retardar a progressão”, ressalta.
Segundo o neurologista, pessoas que convivem com pacientes com o Mal de Parkinson devem auxiliar nas atividades do dia a dia, estimulando os exercícios físicos para manter a musculatura em movimento além de acompanhar o atendimento fisioterápico. “A falta de movimento aumenta a rigidez muscular e piora os sintomas. Em casos em que a doença está mais avançada, o paciente tem dificuldade em locomover-se e pode ocorrer o fenômeno do congelamento, em que o paciente trava e não consegue caminhar”, finaliza Rodrigo.
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