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EU VOCÊ E JAMES, JUNTOS NO YOU TUB


Há um ano comecei a formatar um blog que, na verdade, nem eu sabia ao certo o que pretendia e nem como seria esse “filho”, já que existiam muitos blogs falando com propriedade sobre Parkinson. Resultado: coloquei em "stand by". Queria colocar as idéias no lugar e aguardar uma inspiração.

Por que o nome EU, VOCÊ E JAMES?

EU: podemos falar dos nossos sonhos, aspirações, de receitas, atualidades, alegrias e tristezas, e variedades diversas.
VOCÊ: é a principal razão da existência do blog. É quem vai ajudar na construção e divulgação do espaço que vai ser seu. O espaço é livre.
JAMES: Vixe... Esse aí não é fácil. Como já disse acima, existem muitos blogs que tratam do assunto com competência científica e isso é muito bom. A proposta é que seja uma abordagem bem suave, com humor, pois necessitamos muito de diversão e alegria. Não podemos nos envolver apenas com os aspectos fisiológicos do Parkinson. Vamos tratar do tema com leveza.

Com o Sr. James aprendi, além de outras coisas:
- Ter calma, já que os nervos são o principal fator de problemas para nós;
- Ter sempre um projeto de vida para se apaixonar: como dizia Chico Xavier, estar apaixonado por um projeto faz com que Deus nos dê mais tempo de vida;
- Me movimentar mais, lembrando do sábio Almir Sater na música Tocando em Frente: “Ando devagar porque já tive pressa...”.

E com minha amiga Dalva Molnar aprendi muitas coisas, inclusive que temos muito TA...LEN...TO.

Este blog está trocando de roupa- AGUARDE: EM BREVE NOSSO CLOSET ESTARÁ COMPLETO

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SONO E DOENÇA DE PARKINSON.

A Doença de Parkinson é uma desordem neurodegenerativa caracterizada pelo tremor em repouso, rigidez, dificuldade para realizar movimentos e problemas na coordenação e equilíbrio.
Os Distúrbios do Sono são manifestações "não-motoras" que acompanham o Parkinson, juntamente com outros distúrbios neuropsiquiátricos (déficit de memória, depressão, ansiedade), disautonomias e anormalidades sensitivas (dor e diminuição do olfato).
Vários levantamentos estimam a incidência de distúrbios do sono em até 90% desses pacientes e a sua frequência aumenta com o avançar da idade.
Reconhecer as alterações no padrão de sono dos parkinsonianos tem peso relevante para melhor entender a doença. Os distúrbios do sono podem estar presentes vários anos antes das manifestações clínicas típicas, portanto devem ser acompanhados criteriosamente quando detectados.
A Sonolência Diurna Excessiva (SDE) do paciente com Parkinson, atribuída em parte à manutenção dos tremores noturnos e aos efeitos da medicação dopaminérgica, tem correlação direta com vários distúrbios do sono, tais como a Insônia (60,3% dos pacientes), a Apnéia Obstrutiva do Sono, os Distúrbios de Movimento do Sono (Síndrome das Pernas Inquietas, Movimentos Periódicos das Pernas) e Parassonias.
Os parkinsonianos podem ser surpreendidos por "ataques de sono", ou seja, repentinamente apresentam sonolência e adormecem, independentemente do que estão fazendo. Isto é particularmente perigoso para aqueles que ainda dirigem ou operam ferramentas em geral, por exemplo, na cozinha ou no jardim da sua casa.
O Distúrbio Comportamental do Sono REM (RBD), parassonia caracterizada pela excessiva atividade motora enquanto o paciente sonha vividamente, é encontrado em mais de um terço dos portadores de Parkinson, contra uma prevalência de 0,5% na população geral.
A hipótese de que a SDE e o RBD são "nobres manifestações não-motoras" ou, preferencialmente, fatores de risco, é corroborada pela alta incidência destes distúrbios do sono na Doença de Parkinson.
As pessoas com Parkinson têm maior incidência de Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) e Transtorno de Movimentos Periódicos das Pernas, duas condições que podem perturbar gravemente o sono, porém não há evidências de que ambas sejam desencadeadoras da doença.
Diante de tantos estudos, o fato que mais chama a atenção na inter-relação Sono-Parkinson é o vínculo estreito que os distúrbios do sono mantêm com os episódios de alucinações, independentemente da influência terapêutica dos medicamentos. A associação dessas manifestações pode ser explicada por uma disfunção comum no sistema de regulação do sono REM, e isso pode significar uma maior propensão para um rápido avanço da doença, além de desenvolver disfunção cognitiva e transtorno demencial.
Como a doença progride e os sintomas motores se agravam, os problemas com o sono também tornam-se mais complexos, por exemplo, o uso de certos medicamentos anti-parkinsonianos e antidepressivos, quadros de dor crônica e movimentos repetitivos incontroláveis ​​podem provocar insônia severa.
Nem todo mundo com Parkinson desenvolve a maioria dos sintomas citados. A taxa em que a doença progride também é variável, com algumas pessoas permanecendo por muitos anos apenas com sintomas leves ("honey moon") e outras experimentando um rápido agravamento do quadro clínico.
A terapia cognitivo comportamental pode ser útil caso a doença ainda não esteja em fase avançada, pois fornece orientações a respeito de novos hábitos e atitudes em relação ao sono. Os pacientes devem ser incentivados a passar mais tempo ao ar livre, sob exposição à luz solar, e exercitarem-se diariamente, de preferência pela manhã ou logo após acordar.
Por ser uma condição crônica, é importante desenvolver e manter um sólido plano de gerenciamento da doença, sozinho (fase inicial) ou com a ajuda de um cuidador, o que significa não só encontrar o médico certo, mas também preparar-se para outras terapias complementares.
Pessoas com Parkinson são mais bem servidas quando recebem uma abordagem multidisciplinar, que prevê não apenas a avaliação de médicos especialistas (neurologista, geriatra, psiquiatra, medicina do sono, etc.), mas também de um fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, odontólogo e assistente social.
É importante que esses profissionais de saúde comuniquem-se regularmente e estejam perfeitamente integrados para conduzir bem-estar ao paciente.
Referências:
Stefano Zoccolella et al.
"Sleep disorders and the natural history of Parkinson's disease:
The contribution of epidemiological studies"
Sleep Medicine Reviews 15 (2011) 41-50
Diego Garcia-Borreguero, Oscar Larrosa and Mauricio Bravo
"Parkinson's disease and sleep"
Sleep Medicine Reviews 7 (2003) 115-129
"Parkinson's Disease and Sleep"
National Sleep Foundation
"Managing Your PD"
Parkinson's Disease Foundation
Fonte: BLOG DO SONO. ACESSEM.EXCELENTE.

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