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EU VOCÊ E JAMES, JUNTOS NO YOU TUB


Há um ano comecei a formatar um blog que, na verdade, nem eu sabia ao certo o que pretendia e nem como seria esse “filho”, já que existiam muitos blogs falando com propriedade sobre Parkinson. Resultado: coloquei em "stand by". Queria colocar as idéias no lugar e aguardar uma inspiração.

Por que o nome EU, VOCÊ E JAMES?

EU: podemos falar dos nossos sonhos, aspirações, de receitas, atualidades, alegrias e tristezas, e variedades diversas.
VOCÊ: é a principal razão da existência do blog. É quem vai ajudar na construção e divulgação do espaço que vai ser seu. O espaço é livre.
JAMES: Vixe... Esse aí não é fácil. Como já disse acima, existem muitos blogs que tratam do assunto com competência científica e isso é muito bom. A proposta é que seja uma abordagem bem suave, com humor, pois necessitamos muito de diversão e alegria. Não podemos nos envolver apenas com os aspectos fisiológicos do Parkinson. Vamos tratar do tema com leveza.

Com o Sr. James aprendi, além de outras coisas:
- Ter calma, já que os nervos são o principal fator de problemas para nós;
- Ter sempre um projeto de vida para se apaixonar: como dizia Chico Xavier, estar apaixonado por um projeto faz com que Deus nos dê mais tempo de vida;
- Me movimentar mais, lembrando do sábio Almir Sater na música Tocando em Frente: “Ando devagar porque já tive pressa...”.

E com minha amiga Dalva Molnar aprendi muitas coisas, inclusive que temos muito TA...LEN...TO.

Este blog está trocando de roupa- AGUARDE: EM BREVE NOSSO CLOSET ESTARÁ COMPLETO

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nós, brasileiros, marchamos pela maconha, pelos bombeiros, por Jesús...

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Por que o Brasil não tem indignados?
JUAN ARIAS - Río de Janeiro - 07/07/2011
O fato de que em apenas seis meses de governo, a presidenta Dilma Rousseff tenha que ter demitido dois de seus principais ministros herdados do governo antecessor Lula da Silva (Antonio Palocci da Casa Civil, uma espécie de primeiro ministro e dos Transportes, Alfredo Nascimento), ambos demitidos sob os escombros da corrupção política, coloca aos sociólogos a pergunta do porque nesse país, onde a impunidade está por detrás da idéia de que “todos são ladrões” e de que “ninguém vai para a cadeia” não exista o fenômeno, hoje em voga em todo o mundo, do movimento dos indignados.
Por que os brasileiros não reagem frente à hipocrisia e a falta de ética de muitos governantes? Por que não lhes incomoda que políticos que os representam, no governo, Congresso, nos estados ou nos municípios roube descaradamente dinheiro público? É a pergunta que fazem muitos analistas e blogueiros políticos.
Nem sequer os jovens, trabalhadores ou estudantes têm manifestado até agora a mínima reação frente à corrupção dos que lhes governam. Curiosamente, a mais irritada diante do assalto aos cofres públicos por parte dos políticos, parece ser a primeira presidenta mulher, a ex-guerrilheira Dilma Rousseff, que tem demonstrado publicamente seu desgosto pelo “descontrole” em curso em áreas do seu governo. A mandatária já retirou do seu governo – e disse que ainda não acabou a limpeza – dois ministros chaves, com o agravante de que eram herdeiros do seu antecessor, o popular Lula da Silva, que lhe pediu que os mantivessem em seu governo.
Hoje, a imprensa diz que Dilma começou a desfazer-se de certa “herança maldita” de hábitos de corrupção do passado. E as pessoas das ruas porque não fazem eco, ressuscitando aqui também o movimento dos indignados? Porque não se mobilizam em redes sociais? O Brasil, depois da ditadura militar, se encontrou nas ruas com o Movimento das “Diretas Já” para pedir a volta das urnas, símbolo da democracia. Também foi para as ruas para obrigar o ex-presidente Collor a deixar o seu cargo diante das acusações de corrupção que pesavam sobre ele. Mas hoje, o país está mudo diante da corrupção em curso. As únicas causas capazes de levar as pessoas às ruas são os homossexuais, os seguidores das igrejas evangélicas e os que pedem a liberação da maconha.
Será que os jovens não têm motivos para exigir um Brasil não apenas cada dia mais rico (ou menos pobre), mais desenvolvido, com maior força internacional, mas também menos corrupto em suas esferas políticas, mais justas, menos desigual, onde um vereador não ganhe mais do que dez vezes o que ganha um professor, ou um deputado cem vezes mais do que ganha o cidadão comum depois de 30 anos de trabalho, e se aposenta com apenas R$ 650,00 enquanto um funcionário público com até 30 mil reais?
O Brasil será logo a sexta maior potência econômica do mundo, mas no momento segue na rabeira em matéria de desigualdade social e na defesa dos direitos humanos. Um país que não permite o aborto, no qual o desemprego das pessoas de cor chega a 20% contra 6% dos brancos e a polícia é uma das mais violentas do mundo.
Há quem atribua à apatia dos jovens ao fato de uma propaganda exitosa que lhes convenceu de que o Brasil é hoje invejado por meio mundo. Que a saída a pobreza de 30 milhões de pessoas os fez acreditar que tudo vai bem, sem compreender que um cidadão de classe média europeu equivale ainda a um rico daqui.
Outros atribuem ao fato de que os brasileiros são pessoas pacíficas, pouco dadas a protestos, que gostam de viver felizes com o que têm e que trabalham para viver em vez de viver para trabalhar. Tudo isso é também certo, mas não explica ainda, porque, num mundo globalizado onde se conhece o instante de tudo o que acontece no planeta começando pelos movimentos de protesto de milhões de jovens que pedem democracia ou a acusam de estarem degenerados, os brasileiros não lutem para que o país, além de rico, também seja mais justo, menos corrupto, mais igualitário e menos violento em todos os níveis.
Assim é o Brasil que os honestos sonham para os seus filhos, um país onde as pessoas não perdem o gosto de desfrutar do pouco ou muito que tem e que seria ainda melhor se surgisse um movimento de indignados, capaz de limpá-lo das escórias de corrupção que golpeiam todas as esferas de poder.
Fonte: JUAN ARIAS - Río de Janeiro - 07/07/2011

OBS: O dever do blog é informar.

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