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EU VOCÊ E JAMES, JUNTOS NO YOU TUB


Há um ano comecei a formatar um blog que, na verdade, nem eu sabia ao certo o que pretendia e nem como seria esse “filho”, já que existiam muitos blogs falando com propriedade sobre Parkinson. Resultado: coloquei em "stand by". Queria colocar as idéias no lugar e aguardar uma inspiração.

Por que o nome EU, VOCÊ E JAMES?

EU: podemos falar dos nossos sonhos, aspirações, de receitas, atualidades, alegrias e tristezas, e variedades diversas.
VOCÊ: é a principal razão da existência do blog. É quem vai ajudar na construção e divulgação do espaço que vai ser seu. O espaço é livre.
JAMES: Vixe... Esse aí não é fácil. Como já disse acima, existem muitos blogs que tratam do assunto com competência científica e isso é muito bom. A proposta é que seja uma abordagem bem suave, com humor, pois necessitamos muito de diversão e alegria. Não podemos nos envolver apenas com os aspectos fisiológicos do Parkinson. Vamos tratar do tema com leveza.

Com o Sr. James aprendi, além de outras coisas:
- Ter calma, já que os nervos são o principal fator de problemas para nós;
- Ter sempre um projeto de vida para se apaixonar: como dizia Chico Xavier, estar apaixonado por um projeto faz com que Deus nos dê mais tempo de vida;
- Me movimentar mais, lembrando do sábio Almir Sater na música Tocando em Frente: “Ando devagar porque já tive pressa...”.

E com minha amiga Dalva Molnar aprendi muitas coisas, inclusive que temos muito TA...LEN...TO.

Este blog está trocando de roupa- AGUARDE: EM BREVE NOSSO CLOSET ESTARÁ COMPLETO

quinta-feira, 15 de março de 2012

Doença de Parkinson partilha gene com uma forma rara de demência


Doença de Parkinson partilha gene com uma forma rara de demência.

Investigadores portugueses no University College of London encontraram uma mutação genética comum a duas doenças que se pensava distintas.

O ponto comum chama-se ATP13A2. Para que esta sigla de letras e números faça algum sentido falta dizer que se trata da designação para um gene cuja mutação já tinha sido associada a um tipo de doença de Parkinson e que agora foi também encontrada numa família com Lipofuscinose Ceroide Neuronal (LCN),uma forma rara de demência precoce. O resultado do trabalho dos investigadores do University College of London foi publicado este mês na revista Human Molecular Genetics.

O objectivo "era encontrar a causa genética de uma doença neurodegenerativa rara chamada LCN", explica Rita Guerreiro, uma das cientistas envolvidas no projecto, adiantando que, para isso, os investigadores apoiaram-se numa numerosa família belga que sofre desta forma rara de demência precoce e que tem sido alvo do interesse de muitos especialistas. "Esta família era seguida e estudada há mais de 20 anos, tendo dado origem a várias publicações, sem que alguém tivesse, até agora, conseguido decifrar qual o defeito genético que se encontra na origem da doença", explica a investigadora. A família era composta pelos pais e 11 filhos, quatro dos quais tinham LCN e os restantes sete eram saudáveis. 

As Lipofuscinoses Ceróides Neuronais (LCN) formam um grupo de doenças neurodegenerativas, clínica e geneticamente heterogéneas, caracterizadas pela deposição de uma substância [lipopigmento autofluorescente] nos neurónios e noutros tipos de células. Estas formas raras de demência precoce podem manifestar-se na infância, na adolescência ou na idade adulta. Até ao momento foram identificados nove genes que estão associados a diferentes tipos de LCN, mas permanece por explicar a verdadeira causa desta doença. 

Recorrendo à sequenciação de exomas (os exomas são pequenas fracções do genoma e esta técnica permite "sequenciar de uma só vez todas as regiões codificantes do genoma - todos os genes"), a equipa encontrou "uma mutação no gene ATP13A2 que estava presente nos indivíduos com a doença e ausente nos familiares saudáveis", refere Rita Guerreiro numa resposta ao PÚBLICO por email. "O gene encontrado está na base de uma síndrome de Parkinson, o que sugere etiologias semelhantes para doenças que se pensava serem completamente distintas", resume a investigadora. 

O artigo descreve a associação feita "pela primeira vez" entre o ATP13A2 e esta doença (LCN) em humanos. "Em 2011 dois artigos encontraram mutações neste mesmo gene em cães com LCN, mas até agora não era conhecida qualquer associação em humanos", esclarece a cientista. Por outro lado, tendo em conta que as mutações neste gene tinham já sido previamente associadas a um tipo de doença de Parkinson raro (Kufor-Rakeb), os investigadores demonstraram que "há semelhanças no processo patológico destas duas doenças, o que nunca tinha sido descrito". Por fim, Rita Guerreiro conclui ainda que o estudo permite "validar estudos já feitos e iniciar novos estudos funcionais (de biologia celular ou com animais transgénicos), de forma a determinar o papel desta proteína codificada por este gene (ATP13A2) e do lisossoma [o lisossoma é uma componente celular onde ocorre a degradação de compostos que a célula já não necessita] não só nas Lipofuscinoses Ceroides Neuronais, mas também na doença de Parkinson."

O trabalho dos investigadores iniciou-se em Abril de 2011. "Fizemos a sequenciação de três membros desta família e a análise das variantes genéticas resultantes". A única variante que passou em todos os "filtros" usados para descartar as menos interessantes (as que não causam alterações na proteína; as que sabemos estarem presentes em indivíduos saudáveis, etc.) foi encontrada no gene ATP13A2.

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