O TRATAMENTO PELA ESCRITA
A revista ISTOÉ DE 18/11/2012 , PUBLICOU UMA REPORTAGEM MUITO INTERESSANTE NA QUAL FALA: “Novos estudos confirmam que escrever sobre a própria doença ajuda na recuperação. Pode ser até em blogs. Monique Oliveira diz assim: É uma maneira eficaz de conseguir viver em paz com uma experiência dolorosa. Agora, a ciência confirma que a escrita não só é uma ferramenta importante nesse processo como pode alterar as respostas fisiológicas a doenças crônicas , melhorando o quadro de saúde de pacientes. Ao escrever, os doentes tornam suportável uma experiência tida anteriormente como pesada demais. Ela passa a integrar a biografia de quem vive o trauma, abrindo o caminho para a recuperação, como se cada um reescrevesse a sua história.
Por essa razão, a chamada “expressive writing” (algo como expressão pela escrita, em inglês) ganha cada vez mais espaço na medicina.”
Bem, concordo em gênero, número e grau com a reportagem. Há muitos anos, quando eu tinha ou tenho qualquer problema, mesmo que fosse com filhos, marido, família, eu sempre escrevia e guardava. As vezes eu entregava à pessoa interessada. E isto me aliviava e alivia ainda hoje.
Quando eu recebi o diagnóstico do Parkinson eu relatei meu sentimento de uma maneira tímida e ao mesmo tempo revoltada. Eu não sabia absolutamente nada sobre a doença. Obviamente, não o fiz com a precisão que conseguiria hoje, depois de anos de leituras, congressos, bate-bocas com médicos. Cá prá nós, já estou quase merecendo um diploma. Tratar e falar sobre a doença tem me mantido muito bem, equilibrada e acima de qualquer coisa, confiante na cura a qualquer momento.
Obviamente, nem tudo são flores e ainda luto contra três coisas:
- os desconfortos causados pela doença
- a falta de informação das pessoas, que nos olham como ETs.
- a incredulidade da minha família, que diz que eu não tenho Parkinson (tomo remédios para o Parkinson 07 vezes ao dia) sem contar os outros remédios para outras coisas. É isso aí galera. Passem a escrever. É uma boa terapia.
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